quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Apeteceu-me!

Já que estamos numa fase de partilharmos o que lemos, ouvimos e do qual gostamos, segue a minha sugestão.
CF

"Não Desistas de Mim
Pedro Abrunhosa

A porta fechou-se contigo
Levaste na noite o meu chão
E agora neste quarto vazio
Não sei que outras sombras virão
E alguém ao longe me diz

Há um perfume que ficou na escada
E na TV o teu canal está aberto
Desenhos de corpos na cama fechada
São um mapa de um passado deserto
Eu sei que houve um tempo em que tu e eu
Fomos dois pássaros loucos
Voamos pelas ruas que fizemos céu
Somos a pele um do outro

Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora

Ainda sei de cor o teu ventre
E o vestido rasgado de encanto
A luz da manhã e o teu corpo por dentro
E a pele na pele de quem se quer tanto

Não tenho mais segredos
Escondi-me nos teus dedos
Somos metades iguais
Mas hoje só hoje
Leva-me para onde vais
Que eu quero dizer-te

Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora

E não desistas de mim
Não te percas agora"

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

...

O texto que se segue não é meu... mas é tão actual e verdadeiro (pelo menos para mim!) que não resisti a fazer um copy (de um outro blogue) para partilhar convosco...

Porque será que é na despedida que temos vontade ficar? Porque será que quando se precipita o fim da conversa surgem os verdadeiros temas de interesse? Porque será que é no termo iminente que encontramos as respostas, a inspiração, todo um conjunto de coisas que não nos lembramos no durante, criando aquela vontade de querer prolongar mais, de querer fazer durar? Porque será que só quando se encontra a resposta, a mesma já não serve porque se deixou escapar a oportunidade? Porque será que quando temos o tempo ao nosso dispor, o momento destinado para o efeito nunca o conseguimos aproveitar em pleno e somente no seu término toda a vontade de o aproveitar convenientemente surge, sendo sempre demasiado finita e como tal tanto fica por fazer e dizer? Porque será que aquilo que é bom dura tão pouco e surge no limite e o que é mau dura tanto e permanece na amplitude mais longa?



R